sexta-feira, 6 de março de 2009

Para onde foi a força do Duda?

Em meio a muita raiva, buscamos explicações, esperamos que o homem de comando do clube venha até a torcida ou tome alguma atitude para acalmar os ânimos.

Pela força dos comentários negativos que cercam o nome Celso Roth nos últimos dias, tenho certeza de que quase todo o gremista tem tirado alguns minutos de seus dias para saber o que acontecerá depois do que "ele" fez no Gre-nal.

E agora presidente? Como tu aparece na mídia e alivia o Roth? Sem mais nem menos... Veja o que disse o Duda a Rádio Bandeirantes...

Precisava ao menos, isentar os jogadores que foram vitimados pela falta de coragem do Roth em assumir os erros do Gre-nal e posicionar-se com força no sentido de que o Grêmio tem dono e que não ocorerrá mais!

Só falou do Tcheco? Tá certo, concordo, mas e o resto?

Onde está toda aquela força que o senhor reuniu para chegar a este posto?
Não tem técnico bom no momento... Faça ter! Busque fora do país! Compre!

Pergunto, qual o técnico que não gostaria de assumir o lugar do Roth? Libertadores nº 50, grupo forte, pegador, comprometido, bom de bola e entrosado... Copa com a cara do Grêmio, gana de vitória tanto dentro de campo como na melhor torcida do país!

Tragam alguém com personalidade, com caráter, alguém que assuma erros se houverem e que saiba quando e o que falar, mas que acima de tudo, entenda que o Grêmio é muito grande e que nós torcedores precisamos de respeito, vitórias e um time vencedor!

Novela Celso Juarez Roth


A relação do treinador com a torcida nunca foi das melhores e agora está irreversivelmente abalada pelas omissões e falta de resultados do treinador.


Vamos aos capítulos da novela Roth:

1) Carreira de Roth:

Pessoal:
Celso Juarez Roth, 51 anos, nascido em Caxias do Sul, casado, com dois filhos.

Equipes:
17 clubes brasileiros, duas equipes de fora do país e duas seleções de juniores.

Títulos:
1987 - Campeão Gaúcho - Grêmio Foot-ball Porto Alegrense - Preparador Físico
1992 - Vice-Campeão da Ásia - Seleção Júnior do Qatar - Técnico
1996 - Campeão da Copa Daltro Menezes pelo SER Caxias - Técnico
1997 - Campeão Gaúcho pelo Sport Clube Monocopa - Técnico
1998 - Vice-Campeão Gaúcho pelo Sport Clube Monocopa - Técnico
1999 - Campeão Copa Sul - Grêmio Foot-ball Porto Alegrense - Técnico
1999 - Campeão Gaúcho - Grêmio Foot-ball Porto Alegrense - Técnico
2000 - Campeão da Copa Nordeste pelo Sport - Técnico

Passagens pelo Grêmio:


1998-1999: Contratado para livrar o time do rebaixamento.
Surpreendentemente levou a equipe a segunda fase do Brasileiro, sendo eliminado nas oitavas-de-final. Em 1999, comandando Ronaldinho Gaúcho, foi campeão da Copa Sul e do Gauchão, mas foi demitido durante o Campeonato Brasileiro daquele ano.
Durante todo esse período, Roth fez 89 jogos com 46 vitórias, 19 empates e 24 derrotas. Aproveitamento de 58,8%.

Agosto á dezembro de 2000: Celso Roth foi contratado para substituir Antonio Lopes, logo no início da Copa João Havelange.
Chegou até as semifinais, eliminado pelo São Caetano. Roth comandou 27 partidas, com 11 vitórias, 8 empates e 8 derrotas. Aproveitamento de 50,6%.


A partir de fev/2008: Um ano marcado por uma mistura de time encorpado e derrotas em partidas fáceis ou momentos decisivos.
A primeira instabilidade chega ao Olímpico, quando em uma mesma semana do mês de abril, o time é eliminado da Copa do Brasil e Gauchão, por adversários historicamente menores.

Durante o ano, em um longo campeonato brasileiro de pontos corridos, brilhamos o ano todo em meio à falta de atenção dos grandes concorrentes que jogavam outras competições e abriam espaço para nossa ascensão. Mesmo assim, com um grupo de jogadores muito dedicados, tropeçamos nos momentos que não podíamos falhar!

No final, levamos a vaga para um bom grupo na Libertadores 2009 como prêmio de consolo.

O ano de 2009, começa com um grupo como a muito tempo não se via na Azenha! Técnica, entrega, mix de experiência e leveza de guri novo! Um grupo fechado com a torcida para conquistar LA COPA de número 50.

No campeonato gaúcho, visto pela direção como laboratório para a Libertadores, o Grêmio perde os dois jogos contra o seu arqui-rival e instaura-se a desconfiança no trabalho do grupo, em meio aos jogos do principal campeonato da América.

A gota D’Água:

O Gre-nal de número 375!
Encarado pela torcida gremista como prova de fogo para que o time siga para duas partidas fora de casa na Libertadores com a confiança de todos, além de ser O Clássico e final do primeiro turno do campeonato, que garantem vaga direta na final.

Além da rivalidade e do psicológico, sabe-se desde o início do ano que o clube encara a partida como ponto crucial do planejamento do primeiro semestre, visto que libera os titulares para se focarem na Libertadores e assim, brigar pelas duas taças com força.

Em campo, o Grêmio escalado com o tão criticado e falho 3-6-1, foi um time frágil, totalmente dominado pelo Inter. No início do segundo tempo, levou um gol em uma falha de posicionamento provocada pela tensão estampada no rosto dos jogadores tricolores.

Aí Roth mexeu. Colocou Jonas e Fábio Santos. E arrumou a equipe. Matou a saída de bola do Inter, que parou!!
Acabamos buscando o empate com boa jogada de ataque, que bem entrosado envolveu facilmente a defesa vermelha.

Tão logo saiu o gol, mexeu de novo, escalando outro zagueiro. Voltou a sofrer o gol e ser dominado!

O que ele disse:

Após perder a final do primeiro turno do gauchão, com time titular e erros grotescos de escalação e leitura do jogo:
“Acho que não errei, e é complicado dizer isso. Penso assim por ter colocado o mesmo esquema no Gre-Nal anterior e no jogo contra o Juventude. O óbvio seria eu chegar aqui e dizer: "Errei porque perdi". Mas vejo uma ideia maior, uma possibilidade lá para a frente. Mas, claro, entendo que quando o resultado é de derrota, o natural é olhar para os pés e pensar que errou.”

“Foi a pior atuação do time tricolor em toda a temporada.”

“Tirando o jogo contra o Veranópolis, em que estávamos com uma equipe totalmente reserva, fizemos no Gre-Nal o nosso pior jogo no primeiro turno e no ano. Agora, ficamos com a obrigação de ganhar o segundo turno - comentou.”

No dia seguinte ao Gre-nal, explode a pressão, especulações e Roth refaz o discurso:
“Não perdemos o Campeonato Gaúcho, apenas um turno, em partida jogada na casa do adversário. E nós sabemos que as equipes que jogam em casa apresentam maior número de vitórias. Então, foi absolutamente normal a vitória do Internacional, que até fez um turno mais equilibrado que o Grêmio.”

“Tivemos problema comportamental no jogo, inclusive físico, que foram os casos de Léo e Diogo. A isso que quis me referir e acho que fui claro. E até seria impossível ter a mesma atitude de quarta-feira (contra o Universidad), que foi uma partida vibrante ao extremo, onde criamos de forma exuberante, acima da média, mas não conseguimos o resultado.”

Quanto a ter menosprezado o clássico, dizendo que o Inter não servia de parâmetro para o Grêmio pelo fato de não estar na Libertadores: “Eu disse na pré-temporada, antes do jogo e agora depois: o Gre-Nal é a partida mais importante que temos aqui. Mas nesse momento o Grêmio tem objetivos maiores.”

“Acredito muito no time do Grêmio. O time está fazendo apresentações muito boas. Nós não jogamos bem contra o Inter e acabamos perdendo o jogo. O futebol tem esses momentos. O que importa, no entanto, é vencer. “Temos que jogar bonito ou jogar feio, mas vencer. Se nós tivéssemos aproveitado uma oportunidade que tivemos contra o Universidad, hoje estaríamos em uma situação mais confortável na Libertadores.”

O comandante tricolor garantiu que ainda não definiu o time e o esquema para enfrentar o Boyacá na próxima semana, pela segunda rodada do Grupo 7 da Libertadores.

“O esquema com seis jogadores no meio-campo está sendo testado para uma possibilidade de jogarmos na altitude, onde temos que ter um meio-campo com os jogadores mais próximos e tocar a bola.”

“Estivemos treinando algumas situações para a Libertadores, e não desdenhamos o Campeonato Gaúcho quando dizemos isso. Treinamos o 3-5-2, o 3-6-1 e o 4-4-2. Fizemos a opção (pelo 3-6-1) primeiro porque foi muito bem no primeiro Gre-Nal, segundo porque é uma alternativa forte, interessante para a altitude - disse o treinador. Deu resultado positivo em alguns momentos, mas fracassou em outros, especialmente no Gre-Nal.”

Após declarações no meio da semana, com a cabeça a prêmio, diretoria faz reunião fechada e decide por protegê-lo.
“Gre-Nal é importante, é nosso jogo mais importante, mas no momento nós temos objetivos maiores (a Libertadores). O que nos preocupa é a seqüência sem vitórias em Gre-Nal. E o Grêmio, que teve a melhor defesa no Campeonato Brasileiro, levou cinco gols de cabeça nos últimos clássicos - comentou o treinador. “

Roth acredita que a juventude do elenco tricolor, na comparação com a maior rodagem dos colorados, pode ser um dos motivos para o melhor momento do Inter nos confrontos diretos. “É anormal estarmos com essa seqüência de derrotas em Gre-Nais. O Grêmio tem vários jovens e sofre com um errinho aqui e outro acolá. O torcedor tem mais é que ficar bravo e perguntar: "Como é que não ganha Gre-Nal?". Nós também ficamos. E temos que seguir trabalhando para mudar isso.”

Sobre o duelo Tite e Roth nos últimos Gre-nais:
“O Tite que aproveite. Eu também tive momentos assim, e eles mudam.”

Sobre a pressão:
"Você acha que a diretoria continua confiando em seu trabalho?", mandou um repórter na entrevista coletiva desta terça-feira à tardem no estádio Olímpico. "Tem que perguntar é para eles", rebateu Roth, que diante da tamanha pressão que passou a sofrer, estava surpreendentemente tranquilo. "Todos tem sua parcela de culpa, pois a direção sempre soube das escalações antes das partidas, e as contratações foram feitas em acordo, enfim..." Mas, ao mesmo tempo, o experiente e vacinado treinador sabe que nesse universo do futebol as coisas não são tão lógicas assim, tanto que admite: "No fim acaba sobrando sempre para um só. Quem?" Ele, o treinador.”

Após o empate em casa com o Ypiranga, sobre vaias e protestos:
“O time deu uma desequilibrada após o Gre-Nal. É uma sequência de coisas que acontecem. Agora o time precisa sair, trabalhar, jogar. Estamos fazendo um trabalho consistente e a direção sabe disso. O nosso trabalho segue. Vai falar agora o quê? Não importa se é 3-6-1, 4-4-2, 3-5-2. O que importa é atuar bem — ressaltou.”

“O torcedor tem que ter a noção que gritar para o treinador é direito deles. Mas o jogador é quem joga, o jogador é quem decide. O torcedor tem que estar com ele – disse o treinador, elogiando a postura da torcida Geral do Grêmio que, segundo ele, não participou dos protestos presenciados nas sociais.” “A culpa vem sobre um só, mas não é assim. As coisas andam todas juntas.” “De repente o treinador é tudo, de repente o treinador é nada. As coisas não são sozinhas, a culpa não é só de um, são generalizadas.”

"O caminho de flores nunca é vitorioso. O caminho de espinhos, sim. A gente espera que até quarta, a gente volte a jogar futebol sem fazer força. Para crescer temos que passar por dificuldades. Pior seria se fosse na Libertadores"
Sobre a possibilidade de ser demitido, Roth afirmou que isso não o surpreenderia, mas que há um trabalho sendo realizado.